Entrar
Perfil
UM DIA DE CÃO

Após invasões, forças de segurança tentam retomar os prédios de Brasília

Na Capital Federal desguarnecida, radicais bolsonaristas invadiram Supremo, Congresso e Palácio do Planalto

O Diário
08/01/2023 às 17:15.
Atualizado em 08/01/2023 às 18:31

Força Nacional está no Congresso (Foto: reprodução / TV Globo)

Somente por volta de 17 horas, a frágil segurança de Brasília iniciou a desocupação dos prédios públicos que foram invadidos pelos manifestantes radicais bolsonaristas.

O prédio do Supremo Tribunal Federal foi o primeiro a ser retomado pelas forças de segurança.

Há movimentação para desocupação da Esplanada dos Ministérios, depois que o Palácio do Planalto e o Congresso estiverem livres dos invasores, como mostram imagens da televisão.

O governador de Brasília, Ibaneis Rocha, exonerou o secretário de Segurança, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro.

A invasão

Diante de da área da Esplanada dos Ministérios praticamente desguarnecida, milhares de manifestantes radicais adeptos do bolsonarismo invadiram e estão destruindo áreas internas do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. A invasão está acontecendo sem que os responsáveis pela segurança de Brasília tomem medidas para conter o grande número de manifestantes que está espalhado por toda aquela região.

Apesar de haver sido algo previsível, pois desde o início da semana havia informações de que manifestações radicais aconteceriam em Brasília,  não ouve uma preparação adequada das autoridades para conter abusos e absurdos como os que estão acontecendo, com  instituições republicanas sendo ocupadas e vandalizadas pelos invasores que parecem se divertir diante da inércia das forças de segurança que deveriam estar guardando tais patrimônios públicos.
Há informações de que integrantes do governo do presidente Lula estariam se articulando, assim como autoridades do Judiciário, para decidir o que poderá ser feito.
Não está afastada a hipótese de decretação do estado de emergência para mobilizar as forças especiais de segurança para tentar impedir as ações.
As cenas que fazem lembrar a invasão do Capitólio, em 2001, por adeptos de Donald Trump, nos Estados Unidos, estão levando as autoridades a acionar a Polícia Federal para filmar e identificar os invasores, que deverão ser processados conforme a legislação em vigor. A exemplo do que aconteceu também nos Estados Unidos.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, culpou o governo do Distrito Federal pelos abusos, enquanto o secretário de Segurança de Brasília, ex-ministro de Bolsonaro, está fora da cidade, nos EUA,  e limita-se a dizer que é “inconcebível a invasão e destruição do patrimônio . 
Em nota, a PM do Distrito Federal informou que trabalha para “garantir a paz social”, o que, de concreto, não aconteceu.
Ontem, o ministro da Justiça, Flávio Dino, autorizou o uso da Força Nacional na segurança do Distrito Federal.

O presidente do Senador, Rodrigo Pacheco, pediu aos senadores que se manifestem contrários às invasões.

A televisão mostra imagens de manifestantes brincando de escorregar na rampa existente junto à Mesa do Senado. Os invasores aparecem nas redes sociais, sem preocupação de mostrar os rostos, para mostrar os estragos que estão sendo feitos no interior dos prédios públicos.
Analistas políticos acusam o Estado brasileiro de estar sendo  benevolente ao extremo com os atos de violência e defendem a intervenção federal contra atos que simbolizam uma “tentativa de tomada de poder”.

Eles afirma que se não houver ação dura contra os radicais, o governo pode perder definitivamente o controle da situação para essa parcela do bolsonarismo.

Neste momento, o Correio Braziliense informa que o governador Ibaneis Rocha acaba de exonerar o secretário de Segurança de Brasília, Anderson Torres, que havia retornado ao cargo depois de permanecer algum tempo como ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.

Conteúdo de marcaVantagens de ser um assinanteVeicule sua marca conosco
O Diário de Mogi© Copyright 2023É proibida a reprodução do conteúdo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por